A Boa Vítima, de Hugo Picado de Almeida (divulgação)


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   O senhor Clastres era um Homem moderno. Reformulemos: o mais moderno dos Homens. Sem desejos nem ambições, sem vontades de espécie alguma, não desejava senão enfiar-se em casa, refugiando-se do oceano de estímulos e entregando-se aos confortos anestesiantes dos electrodomésticos zumbindo em torno de si. O senhor Clastres passeava-se pelo mundo sem representar qualquer benefício para a vida ao seu redor, alheado de todos os seus aspectos, e talvez dele se pudesse mesmo dizer que nem pesava sobre a terra, não fosse a difícil relação que os demais transeuntes da Rua com R mantinham com aquele sujeito que em xeque colocava as vidas de cada um. 
   Um dia, porém, a passadeira rolante que todos os dias o senhor Clastres usa para se deslocar ao trabalho pára com ele sobre ela, e aquela impossibilidade subitamente rasgando o campo da sua estatística mental coloca em marcha a traição da técnica, que rapidamente culmina na prisão do senhor Clastres, indivíduo que a sociedade e as suas instituições obviamente não podiam compreender, e que assim acabam a selar-lhe o destino. 
   Entre tudo isto, cruzamos caminhos com Bela, mulher feia e sempre de atalaia na sua janela, espiando o arruamento; com a desconcertante senhora Kopecky, «hibridação entre bruxa e coruja, uma mulher sem idade»; com Lora Brunell, sedutora jovem que ceifa o chão ao senhor Ortabecassuz, vizinho do senhor Clastres e seu inverso sentimental, que ultimamente vem ocupar o lugar do primeiro na trama, devolvendo o Clastres ao mundo e o Humanismo ao livro.

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