Maior presépio do mundo em movimento (opinião)

   Hoje, faço um post diferente. Tal como mencionei quando criei este blog, não vou colocar opiniões de uma só área mas antes de diversas, por isso hoje quero partilhar a minha aventura deste fim-de-semana.

   Desloquei-me até S. Paio de Oleiros pela primeira vez, efectuando aproximadamente 317 km de automóvel, para visitar o detentor de record do Guiness como o "Maior presépio do mundo em movimento". Uma vez que o record é de Portugal achei que valeria a pena dar uma olhadela embora fosse um pouco reticente se de facto compensaria a longa distância percorrida.

   O presépio oferece desde logo os seus visitantes algo muito apelativo que é o facto de ser gratuito, coisa que hoje em dia poucos locais fazem. Assim que entramos, somos automaticamente presenteados com um espectáculo de luzes, cores, sons e movimentos que são imensos e torna-se difícil conseguirmos seguir ou captar todos eles. Existem diversas figuras numa mesma cena que em alguns casos são de dimensões bastantes reduzidas e acabamos com certeza por não nos apercebermos de todas as figuras representadas, bem como dos respectivos movimentos que efectuam. 

   As cenas representam sobretudo várias passagens da vida de Jesus, debruçando-se em alguns casos de forma mais especial sobre o seu nascimento. Contudo, existem ainda algumas cenas do quotidiano tipicamente Português, e outras que fazem alusão (quase uma espécie de sátira) a algumas figuras nacionais, especialmente no mundo da política.

   Além das cenas com pequenas figuras que referi anteriormente, existem cenas com figuras em tamanho real que são de um realismo verdadeiramente impressionante e que tornam este presépio ainda mais digno de se visitar. 

   Todas as cenas representadas são de uma imaginação brilhante, pois além de ser necessário imaginar cada cenário e as respectivas figuras, é ainda essencial reflectir anteriormente sobre quais serão os movimentos de cada uma e as interacções que farão entre si. A juntar a tudo isto, existe com certeza todo um trabalho a nível mecânico que quem visita nem imagina. Este trabalho reflecte-se não só a nível do movimento mas também das luzes e das várias cascatas e pequenas fontes ou quedas de água presentes em diversas cenas do presépio. 

   Sem dúvida que adorei a visita e que valeu a pena a distância percorrida. O fundador do presépio, Manuel Jacinto Azevedo, está sem dúvida de parabéns por toda a imaginação, trabalho e dedicação pois é necessária com certeza muita manutenção do espaço.

   Os únicos pontos menos positivos a apontar são o facto de a localização ser num sítio isolado, ainda que existam placas de sinalização logo que se sai da auto-estrada, e que seja fácil chegar com GPS. Outro ponto a apontar é que apesar de a manutenção ser muito boa, algumas figuras poderiam ser restauradas pois apresentam algum desgaste. Por fim, devemos ter em atenção a afluência de pessoas, junto à hora de almoço foi fácil visitar mas por vezes deve ser difícil realizar o acesso pois o presépio recebe imensas visitas incluindo diversas excursões.

   Em suma, vale realmente a pena visitar mesmo para quem não segue a religião católica pois acima de tudo é uma arte que ali está representada, independentemente da conotação religiosa. Também é ideal para se visitar em família pois existe um espaço totalmente destinado aos mais pequenos. Recomendo sem dúvida a visita.