A Banana Dele, Penelope Bloom (opinião)


Sinopse:
   O meu novo chefe adora impor regras. E há uma que ninguém se atreve a quebrar: nunca tocar na banana dele. A sério. O tipo é viciado em bananas. E eu, claro, fui logo tocar na dele. Pior, pu-la na boca. Mastiguei... e até engoli. E foi nesse momento que ele apareceu. E, acreditem em mim, foi mau. Muito mau! Mas deixem-me começar pelo início…
   Antes de tocar na banana de um bilionário, eu tinha acabado de conseguir o meu primeiro trabalho a sério como jornalista. Nada das tretas do costume. Nada de entrevistas a lixeiros sobre as suas rotas preferidas, ou artigos sobre a importância de apanhar caca de cão nos jardins. Já dei para esse peditório.
   Esta era a minha grande oportunidade. Podia provar ao mundo que não era uma trapalhona. A missão: infiltrar-me na Galleon Enterprises para investigar as suspeitas de corrupção.
   Já estão a ouvir a banda sonora do James Bond a tocar, não estão?
   Eu ia ser um sucesso. Só tinha de conseguir o lugar de estagiária e não dar cabo da entrevista com Bruce Chamberson.
   Agora avancem até ao momento imediatamente antes da entrevista. Sim, eu sou aquela ali de banana na mão. Uma banana com o nome dele escrito a marcador preto. É aí que ele entra e me apanha em flagrante de fruta na mão. Pouco depois, contrata-me.
   Pois, eu sei. Também a mim me pareceu estranho…

Opinião:
   Este é o primeiro livro, desta escritora, que tenho oportunidade de ler. O título chamou-me logo à atenção, como é normal, e ao ler a sinopse fiquei convencida que seria uma leitura agradável e divertida. O facto é que as minhas expectativas acabaram por se cumprir.
  Penelope Bloom traz-nos uma história contada em duas perspectivas diferentes, ora de Natacha, ora de Bruce. Sempre gostei de livros narrados com várias vozes, dão-nos uma história sempre muito mais rica do que sendo apenas unilateral. O facto de serem vozes de géneros distintos, feminino e masculino, torna o livro ainda mais interessante em termos de narrativa.
   A escrita é fluída e cativante, ficamos agarrados nas primeiras páginas e queremos descobrir rapidamente como é que a história se vai desenvolvendo e como vai terminar. Foi um livro que li em tempo recorde.
   Este é uma história com cenas divertidas, gostei muito do lado mais instável e problemático de Bruce e adorei a capacidade de desafio de Natacha. Apesar de algumas situações e desenvolvimentos serem previsíveis e até um pouco cliché, existem outros pontos mais profundos na história que me surpreenderam pela positiva e acabam por equilibrar um pouco mais a narrativa.
   Penso que algumas questões poderiam ser um pouco mais polidas e trabalhadas, de forma a evitar algumas incongruências que pude constatar ao longo da leitura. Contudo, estas pequenas lacunas acabam por não afectar a narrativa principal de forma muito significativa.
   Apesar destas pequenas questões que não me agradaram a 100%, esta acabou por ser uma leitura leve e agradável que me deixou a desejar ler mais livros desta escritora, nomeadamente o seu mais recente romance que já chegou a Portugal intitulado "A Cereja Dela". Quero dar mais uma oportunidade à sua escrita pois tem bons elementos que, a meu ver, só precisam de ser abordados de forma mais polida.
   Recomendo a todos os que pretender ler um livro leve, com romance e um toque de humor. 

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