Eu prefiro estar em solidão com dignidade do que estar com uma falsa companhia! (reflexão)


   Prefiro uma solidão digna a uma falsa companhia! Alcançar um equilíbrio individual e ser feliz sozinho é a única maneira de poder ser feliz acompanhado. Não devemos procurar um parceiro que nos complete, e sim alguém que nos complemente.
   É possível que tu já saibas o quão mau é viver com uma falsa companhia por já teres passado por isso.
   Há pessoas que priorizam a si mesmas, que procuram interesses próprios e que nem sempre praticam a sinceridade ou a autenticidade. E isso, sem dúvida, dói e nos causa efeitos secundários.
   As nossas relações sociais e afectivas nem sempre são como pensávamos no começo. No entanto, uma má experiência não deve fazer com que deixemos de confiar, nem com que deixemos de acreditar na nobreza e na autenticidade das pessoas.
   Por outro lado, também sabemos que uma das sensações mais desoladoras que existe é sentir solidão mesmo estando ao lado da pessoa que amamos. Assim, em algumas ocasiões, há quem enfatize ou defenda que “é preferível uma solidão digna do que uma falsa companhia”.
   Há um aspecto que deveríamos definir: as relações infelizes nem sempre se baseiam no fato de que um dos dois oferece uma falsa companhia ou demonstra ter atitudes egoístas ou limitantes.
   Há quem “não saiba amar”, há quem não entenda o que é compartilhar, o que é atender às necessidades do parceiro, e o que é cuidar dos detalhes de um compromisso que deve ser incentivado a cada dia e nos pequenos momentos.
   Existem personalidades com carências afectivas e falta de inteligência emocional que, mesmo amando o seu parceiro, só conseguem oferecer vazios, infelicidade e, com isso, solidão. Tudo isso faz com que possamos sentir que a outra pessoa nos oferece uma falsa companhia quando, na realidade, o que existe é uma falta de maturidade afectiva que também causa uma alta sensação de infelicidade.
   Por outro lado, também é verdade que há perfis capazes de construir um falso compromisso que só procura interesses próprios, sejam eles quais forem, como por exemplo evitar a própria solidão independentemente de com quem e de como seja o relacionamento.
   Existem pessoas capazes de iniciar uma relação somente para se sentirem amadas, cuidadas e atendidas, sem a intenção de oferecer ao parceiro o mesmo que recebem.
   Perceber que vivemos um dia a dia baseado em desigualdades contínuas, em que somente uma parte investe na relação, se preocupa e atende enquanto a outra somente espera “receber” leva o relacionamento a um inevitável fracasso.
   O melhor nestes casos é saber reagir a tempo. Não é recomendável manter estas situações de sofrimento inútil.
   Se tivermos claro que a situação não vai melhorar e que a outra pessoa não dá um passo rumo à mudança em que ambos possam se beneficiar, é necessário responder e nos afastar se for preciso.
   É preferível uma solidão íntegra a uma companhia dolorosa. Não duvides: a solidão sempre será preferível à companhia de alguém que vulnera a nossa pessoa, a nossa auto-estima e o nosso equilíbrio.
   Existem muitas pessoas que têm um medo terrível de estarem sozinhas. Isso se deve, em algumas ocasiões, à visão social negativa que se tem da solidão, como se fosse um sinal de fracasso ou um estigma.
   Não ter um parceiro não é um fracasso. Não é necessário estar comprometido para ser feliz, nem é uma obrigação contar com um companheiro ou companheira para ser bem visto socialmente. É algo que devemos ter em mente.
   Se nós mesmos não somos felizes primeiramente de forma individual, é muito difícil chegar a sê-lo como parte de um casal e além disso, a solidão é um estado pleno e cheio de equilíbrio que pode nos permitir crescer como pessoas, reorganizar nossa vida, amadurecer e alcançar também muitos sonhos e objectivos.
   Não é preciso ter medo da solidão: o que devemos temer é viver uma vida junto a alguém que nos faça mal.
   Pensa que o mais importante nesta vida é estar bem com nós mesmos e alcançar a felicidade de forma que mais nos favoreça, seja em solidão, em um casal, ou como desejarmos.
   Não permitas que ninguém diga como deve ser a tua vida, nem que ninguém recomende qual a melhor forma de ser feliz. Viver é escolher com liberdade, assumir erros e iniciar novos projectos.
   Não coloques a tua felicidade nos bolsos de outra pessoa.Construir uma vida como um casal permite que a relação seja coisa dos dois, e não apenas de um. É fundamental construir um projecto em comum no qual ninguém perca ou saia ferido.
   Se perceberes que a tua vida está baseada somente nas escolhas, decisões e ordens de outra pessoa, reaja. Cedo ou tarde chegará a frustração pessoal e a infelicidade.
   A vida é muito curta para viver os planos de outras pessoas deixando perdidos os nossos próprios sonhos.

Texto retirado de Já Foste.

1 comentário:

  1. «É preferível uma solidão íntegra a uma companhia dolorosa.»
    Concordo com tudo o que aqui dizes. Mesmo!

    Beijocas

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