Eu Sou Eric Zimmerman, de Megan Maxwell (opinião)


Sinopse:
   Um spin-off da série Pede-me o Que Quiseres, a série de maior sucesso da autora em portugal, agora contada do ponto de vista do protagonista masculino. 
   O meu nome é Eric Zimmerman e sou um poderoso empresário alemão, caracterizo-me por ser um homem frio e distante, que usufrui do sexo sem amor e sem compromisso.
   Numa das viagens a Espanha, para visitar uma das minhas delegações, conheci uma jovem chamada Judith Flores. Ela fez-me rir, cantar e até dançar e eu não estava acostumado a isso. Quando me apercebi, sentia mais por ela do que devia, distanciei-me, mas regressei, pois essa mulher atraía-me como um íman.
   A partir desse momento, começámos uma relação recheada de fantasia e erotismo e adorei ensinar Judith a gozar o sexo de uma forma que ela nunca imaginara...
   Megan Maxwell é um êxito de vendas no género da literatura erótica com mais de 1,7 milhões de leitores.

Opinião:
   Correndo o risco de ser linchada pelos fãs mais acérrimos desta saga, vou escrever a minha opinião sincera e sem "papas na língua". Claro que é sempre e só a minha opinião pessoal, outros terão a sua, e cada uma delas é tão válida quanto a outra.
   Confesso que nunca li a saga "Pede-me o que quiseres". Quando esta teve grande fama, andava a ler outras dentro desse género e achei desnecessário adicionar mais essa à minha wishlist. Contudo, quando vi que a história tinha sido recontada numa perspectiva masculina, achei interessante adquirir o primeiro volume para experimentar mergulhar nesse mundo tão comentado. Não foi de todo uma das minhas melhores ideias.
   Vamos por partes. Em primeiro lugar, nunca consegui gostar verdadeiramente de Eric. Tem o seu charme, é verdade, tem alguns momentos interessantes a roçar o romântico, também é verdade, mas deixa muito a desejar quando age como um homem das cavernas que se acha totalmente irresistível. É um personagem com problemas no seu passado que o marcaram de forma bastante negativa, acabando por condicionar o seu presente. 
   No que toca a Judith, apesar de aparentar ser uma mulher confiante e independente, acaba por ceder a vários capricho de Eric e envolve-se em situações que para alguns podem mesmo ser consideradas chocantes. Esse é outro ponto muito significativo deste livro, é preciso ter uma mente muito aberta para conseguirmos digerir as várias cenas eróticas que vão sendo apresentadas. Não me considero de todo uma pessoa conservadora mas confesso que algumas questões me fizeram uma certa confusão e não me conseguia rever de todo no papel desta personagem. 
   Os relacionamentos são sempre uma questão complexa e sei que cada um de nós tem uma noção própria do que deve ou não constar numa relação a dois mas, sinceramente, considero que a abordagem do livro não demonstra um relacionamento saudável. Não é por não ser convencional, já li vários livros que não o foram, mas por levar as situações até um ponto que considero extremo. 
   Ainda que o facto de não me identificar com os personagens possa ter condicionado o meu entusiasmo com este livro, confesso que, a partir de pouco mais de metado do livro, achei a história extremamente repetitiva. Era tudo baseado em: ora estavam muito bem um com o outro, ora ia cada um para seu lado e estavam super chateados. Confesso que me cansei e a dada altura comecei a ler um pouco na diagonal. 
   Apesar de tudo, o livro não é todo mau, permite-nos ter contacto com uma realidade diferente, com formas diferentes de encarar os relacionamentos e de explorar a sexualidade. Além disso, conta com alguma dose de humor que torna a leitura mais agradável. 
   Penso que a minha desilusão poderá estar relacionada, não só com o facto de não ter lido a saga original, mas também com o facto de ter lido outros livros da autora com os quais me identifiquei muito mais com os personagens e respectivas histórias. Posto isto, tinha expectativas muito elevadas, que acabaram por ser defraudadas. 
   Ainda assim, valeu pela leitura diferente.

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