Raparigas Mortas, de Selva Almada (divulgação)

Dimensões: 157 x 235 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 192

   Três adolescentes brutalmente assassinadas. Três mortes impunes.

   «Três adolescentes de província assassinadas nos anos oitenta, três mortes impunes ocorridas quando ainda, no nosso país, desconhecíamos o termo femicídio.»
   Três assassínios entre centenas que não chegam aos títulos de capa nem atraem as câmaras dos canais de TV de Buenos Aires. Três casos que chegam desordenados: são anunciados na rádio, recordados no jornal de uma cidade, alguém fala deles numa conversa. Três crimes ocorridos no interior da Argentina, enquanto este país festejava o regresso da democracia. Três mortes sem culpados. 
   Convertidos em obsessão com o passar dos anos, estes casos dão lugar a uma investigação atípica e infrutífera. A prosa nítida de Selva Almada plasma em negro o invisível, e as formas quotidianas da violência contra meninas e mulheres passam a integrar uma mesma trama intensa e vívida. 

   Inscrevendo-se no género «romance não ficção», inaugurado por Truman Capote, Raparigas Mortas é uma obra singular. Combinando percepções e lembranças pessoais com a investigação de três femicídios no interior da Argentina durante a década de 80, Selva Almada revela, de modo subtil, a ferocidade do machismo e o desamparo das mulheres pobres, ao mesmo tempo que abre novos rumos à narrativa latino-americana.

Selva Almada 
   Nasceu na Argentina, em 1973.
   Considerada uma das vozes mais poderosas da literatura argentina e uma das mais promissoras da ficção latino-americana, Selva Almada recebeu rasgados elogios com seu primeiro romance, El viento que arrasa (2012), considerado o melhor livro do ano no momento da publicação, e foi finalista do Prémio Tigre Juan (Espanha) com o romance Ladrilleros (2013).
   É ainda autora de um livro de poesia e dos livros de contos Niños (2005), Una chica de provincia (2007) e El desapego es una manera de querernos (2015).
   Raparigas Mortas (2014), o seu romance não ficção, foi finalista do Prémio Rodolfo Walsh, da Semana Negra de Gijón (Espanha), para a melhor obra de não ficção de género negro.
   A sua obra encontra-se traduzida para português, francês, italiano, alemão, holandês, sueco e turco.
   Co-dirige o ciclo de leituras Carne Argentina e coordena oficinas de escrita em Buenos Aires e no interior do país.

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